De volta outra vez novamente

Depois de tanto tempo longe dos teclados, longe dos meus sonhos, longe da minha vida, resolvi que mesmo que eu me afaste de determinadas situações ou de certos objetos, mesmo que eu crie novas paixões. Só existe uma coisa que me faz arrepiar, é escrevendo que eu me sinto um vivente, nas noites em que vejo minha caneta longe da minha mão, me sinto um ser em vegetação, mas quando eu escrevo mesmo que em uma folha qualquer (pode ser até uma sujinha, amassada), quando eu inicio um breve texto, é quando o meu coração palpita, é quando eu sinto que estou bem. Pouco me importa se meu Texto é chato, se ele não agrada... Se ele não é “bonito”, isso é suficiente, eu só quero viver bem, eu só quero viver escrevendo.

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Poema :

Distância

Se me perguntas de diversas vezes estou distante
E porque me abstenho de meu físico
Para encontrar-te em um mundo transcendental
Se me perguntas se gosto da distancia
Sou o primeiro a levantar a mão e dizer que é a dor insuportável
Não se apresenta em chagas nas mãos
Mas em cortes no espírito
Cortes esses invisíveis, mas de evidência inquestionável.
Eu a suporto de olhos fechados
Pois acredito em uma recompensa
Se me perguntas se a distancia me leva a você
Não respondo, pois é evidente.
Realiza uma conexão que outrora era inexistente...
A distancia não é um mal
É um bem desproporcional ao agravo
É um algo que vai, e que deixa...
Que atormenta e alegra...

Filipe Marques

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