Historia de amor parte II

Estava sentado naquela mesa repleta de livros, pensando na prova do dia seguinte, junto do meu receio de ficar para recuperação, meu pensamento estava longe, ligado apenas nas letras que as quais não conseguia compreender. O toca o telefone, e o barulho do vibra call me retira do estado paralisado e vou correndo atender, com a expectativa incrível (Já que meu celular servia apenas pra ser carregado pra cima e pra baixo, pois atende-lo era um mito, do tipo de acreditar em papai Noel ou duendes... quase nunca), atendo o celular, e aparece no display um numero diferente e ouço uma voz que derrubava qualquer fortaleza, doce, era sem duvida a melhor melodia para meus ouvidos e coração.
Era ela... Brisa a menina da internet, mal conseguia pronuncia qualquer monosílaba, minha boca estava seca, voz totalmente tremula e aquela voz do outro lado da linha eram as minhas companhias. Perguntou como estava e que havia de novo, Respondia com toda a velocidade na expectativa de ouvir suas outras perguntas e seus acontecimentos, disse que havia se afastado por medo e por não entender porque aquele menino de uma cidade distante estava fazendo aquilo, indagou o que ela havia feito, para que eu me declarasse de uma maneira tão rápida, disse que tudo que havia dito, era fruto de suas palavras e carinhos que mesmo distantes faziam toda a diferença. Conversamos por mais de 2 horas, contando estórias, fatos estranhos e amores antigos e isso se repetiu por amáveis e inesquecíveis 4 meses, comecei a me sentir o homem mais feliz, queria mais, queria vê-la, senti-la, e beija-la, durante esses 4 meses nos nomeamos namorados, na verdade era como fossemos mesmo, apenas não existia o contato físico e isso me perturbava, tinha que ir em busca dessa menina que fazia meu coração acelerar com o simples cliques. Não podia ficar apenas no “eu te amo” e nas palavras bonitas.
Em uma sexta feira de Janeiro, voltando do trabalho, decidir fazer algo que acreditava ser a melhor atitude e que já deveria ter feito há muito tempo.



Continua...

Por Dom Filipão Márquez